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Folding kayak - caiaque desmontável 1



Um grande problema que tenho enfrentado para realizar expedições, em rios ou mar, é como chegar aonde se quer e como sair depois, com um caiaque ou canoa canadense. O ponto de entrada e de saída tem de ter acesso por carro. Afinal, o barco está em cima dele. E, em geral, o ponto de entrada e saída estão distantes centenas de quilômetros! A logística é sempre uma parte importante a se resolver. Como fazer?

Vamos ver um exemplo. Há dois anos fiz o rio Piqueri, fronteira entre MS e MT, que atravessa o Pantanal. Uns 450km de remada. (Ainda preciso colocar esse relato aqui). A entrada foi próxima da cidade de Sonora, na BR 163, entre Campo Grande e Rondonópolis. A saída foi Porto Jofre, final da Transpantaneira.
De São Paulo a Sonora são 1.400km de carro. De Sonora até Porto Jofre, 1.200km ida e volta.
Ou seja, tem-se que ir de carro com a canoa na capota até Sonora, deixar a canoa na beira do rio e levar o carro até Porto Jofre e voltar (como?, de ônibus, alugando um carro...). No total serão 4.600km de carro, entre São Paulo e SãoPaulo !!!
Leva-se mais tempo indo e vindo do que remando. É chato? É.  Mas dá para fazer.

Seria muito melhor poder chegar de avião em Campo Grande, pegar um ônibus até Sonora, remar até Porto Jofre, pegar uma carona até Cuiabá e pegar um avião de volta para São Paulo. Muito melhor....! Mas... E a canoa?

Agora, se vc abrir o Google Earth, e começar a namorar os rios do norte do MT ou da Amazônia, logo irá desistir, pois em sua grande maioria, as distâncias e dificuldades de locomoção são tão grandes que inviabilizam levar a canoa ou caiaque. Ou então compra-se uma dos ribeirinhos locais, como fiz para descer o Jauaperi, em Roraima, e depois dá de presente para alguém, no final da remada.

Como dizia um amigo de remada, que pena que não existe canoa em pó.... De fato não existe, mas quase! Uma solução são as canoas e caiaques desmontáveis. Esse tipo construtivo é bem mais antigo que as canoas e caiaques de fibra, e remontam aos esquimós, tendo sido bastante utilizado nas grandes explorações do século XIX e início do século XX.

A ideia básica e ter uma estrutura leve e desmontável, sobre a qual se veste uma "pele" impermeável. Ou seja, o barco cabe dentro de uma mochila grande. Atualmente há muitas empresas que fabricam diversos modelos, a custos relativamente altos. Os clássicos são a Kepler, alemã, a Nautiraid, francesa, a Feathercraft, canadense, Pakboat, norte-americana, e a Ally, norueguesa,para citar alguns.

Devido aos elevado preço e altos custos de importação, além de do desafio que representa projetar e montar um barco desses, resolvi encarar essa empreitada.

Nos próximos posts pretendo relatar as etapas de projeto e construção de um caiaque desmontável.

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